Beijos de estalinho
Beijos enluarados
Beijos ensandecidos
Beijos roubados
Beijos que te tomam o fôlego
Beijos açucarados
Beijos apimentados
Beijos mordazes
Beijos provocantes
Beijos suados
Beijos beijos beijos
Beijos espalhados
Beijos que te engolem
Beijos safados
Beijos suaves
Beijos marcados
Beijos de mil sabores
Beijos aveludados
Beijos pelo corpo
Beijos bem dados
Beijos enluarados
Beijos ensandecidos
Beijos roubados
Beijos que te tomam o fôlego
Beijos açucarados
Beijos apimentados
Beijos mordazes
Beijos provocantes
Beijos suados
Beijos beijos beijos
Beijos espalhados
Beijos que te engolem
Beijos safados
Beijos suaves
Beijos marcados
Beijos de mil sabores
Beijos aveludados
Beijos pelo corpo
Beijos bem dados
Ana Martins
Excelente !!!!
ResponderExcluirMuito inspirado e tb muito inspirador ...
:-)
Beijos, Daniel!!! ;-)
ResponderExcluirBEIJO!
ResponderExcluirBeijo, Rebelde!
ResponderExcluirAdorei,muitos beijos para voce! vou seguir...
ResponderExcluirOi Andrea, bem vinda!!! beijos pra vc tb!!! adorei seu blog!
ResponderExcluirMuitos bjos e um sorriso de Portugal :)
ResponderExcluirhttp://onzequatrosetenove.blogspot.com/
Rotiv, beijos pra ti tb! bem vindo!!
ResponderExcluirO olhar... aquele olhar.
ResponderExcluirSobressaindo da penumbra, a pele acetinada adivinhava um deslizar de prazer, como se a ponta dos dedos soubessem – só eles – um caminho secreto por entre as estrelas.
Reclinou-se um pouco, à procura dela.
Conheceram-se num jardim, entre dois lagos de nenufares. Ela caminhava sózinha, um longo vestido a roçar as ervas do chão, uma sombrinha colorida e um chapéu ridiculo, que nela se transformava numa obre de arte. Ele tagaraleava com os amigos, na maldizência corriqueira de todas as manhãs de domingo.
Cruzaram-se na estreita ponte de pedra, entre os lagos.
Por um segundo – como pode a eternidade resumir-se a um segundo ? – os seus olhares convergiram um no outro... para não mais se soltarem.
A mão fria tocou-lhe as costas nuas. Estremeceu.
Os dedos dela reclamaram os dele. Ergueu os braços e envolveu-o num abraço interminável, enquanto deixava que os os olhos se afogassem naquele sorriso. Como podia um sorriso iluminar a escuridão, como se de mil chamas se tratasse?
Ela baixou o olhar, quando ele a convidou.
Ofereceu-lhe uma flor amarela e disse-lhe que o seu sorriso era mais cristalino que o nascer das águas. Que estava enfeitiçado, que preferia transformar-se na areia aos pés dela que permanecer longe do seu olhar.
E ela sorria infantilmente... de um jeito que envergonhava todas as deusas do Olimpo.
Os lábios tocaram-se, ansiosos.
O mundo desabou numa espiral de aguarelas coloridas, perfumando o êxtase dos sentidos. O universo – ali e agora – resumia-se aquele beijo, os corpos colados e imóveis.
O tempo emudeceu e vagarosamente, deixou que os amantes caminhassem nus sob um manto de estrelas, alheios à escuridão que tombava sobre eles.
Pouco a pouco, a pele macia adquiriu reflexos de marmore, os lábios colaram-se para não mais se soltar, o frio manso da pedra fechou-lhes os olhos numa expressão de prazer sem palavras, os cabelos soltos entrelaçados num labirinto de sombras.
( Silêncio )
- João... onde leste tu essa história? Aqui no guia do museu só diz “ O beijo, de Rodin”...
- Anh... o beijo... sim... desculpa, o que dizias?
- A estátua... a história... onde foste tu..
- Eu? Não... nada. Simplesmente... sinto que foi assim que ela surgiu.... nem podia ter sido de outro modo, não podia...
Ela olhou-o com ternura.
- João...
- Sim, Maria?
- Se eu te beijar... aqui e agora... não nos vamos transformar em pedra... pois não?
Ele apertou-a, como há muito tempo não se lembrava de o fazer.
- Quero lá saber...
Entremares, ADOREI!
ResponderExcluirBem vindo ao meu blog! E muito obrigada pelo comentário!! :-)