EVOLUÇÃO SEXUAL



Dois corpos podem se entender muitíssimo bem na matéria, no desejo.
Em sintonia perfeita. Sem precisar qualquer outra afinidade entre eles.
(Atração sexual).

Com afinidade emocional, o prazer é evidentemente maior. Gostam-se.
E é o bastante. (A soma entre atração sexual com a emocional).


Mas quando também há afinidade espiritual, o sexo não é só sintonia perfeita em matéria.
Falam-se duas línguas: a do corpo e da alma. (Atração sexual, emocional e espiritual).
Assim nasce o amor. Quanto maior a sintonia entre corpos e almas, mais profundo o amor.
A sintonia fica tão perfeita, que a possibilidade de se fazer amor no plano mental torna-se uma possibilidade real.
E sem precisar do toque do outro, pode-se senti-lo com a plenitude, até mesmo à longa distância.

A capacidade de sentir o real prazer espiritual do outro durante o ato de amor - não só do óbvio prazer carnal - é exclusividade
para aqueles que felizmente falam a linguagem do amor edificado - cada vez mais difícil de se encontrar neste mundo egoísta, que
valoriza o Ter e o Ser unilateral.

Na unidade, os olhos não pousam no outro. As mãos tocam o parceiro, mas os olhos voltam-se apenas para si mesmo.
É a cegueira inversa.
Sem a visão, o cego natural usa suas mãos para reconhecer o outro.
Na cegueira inversa, o parceiro toca o outro para apenas reconhecer-se, encontrar-se, satisfazer-se.

Felizmente, a evolução do espírito é feita através do amor.
O amor se manifesta de várias maneiras.
Mas quando decide-se viver com um companheiro, e eles vivem juntos no amor,
quanto maior a evolução espiritual entre eles, maior a possibilidade de conseguirem gozo sequer
com o toque.
É o espírito que se eleva. Com êxtase.
É a evolução sexual. Do amor. Por amor.

Ana Martins

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